Parecenças

Wuthering Heights 1998

Wuthering Heights 1998

Dois comentários sobre o Efeito Denorex ou a Lady Lavoisier hoje.

A xará Naomi Covacs mencionou a campanha Adotar é tudo de bom, patrocinada pela ração Pedigree para incentivar a adoção de cães abandonados. Uma sensação de déjà vu me atacou quando cliquei no vídeo promocional criado pela LewLara/TBWA: é muito, muito parecido com o vídeo criado no segundo episódio do The Celebrity Apprentice pelo time feminino, exibido nos EUA em 2008. Melhor trabalhado, claro, mas a ideia é a mesma. Espero que usem a do time masculino também, eu gostei mais.

No fim de semana acabei por assistir a duas versões de O Morro dos Ventos Uivantes – uma foi reprise, a de 1992 com o Ralph Fiennes e a Juliette Binoche. Entre ambas, a que eu gostei mais foi a de 1998, feita para a TV inglesa com o Robert Cavanah e a Orla Brady. Eu tive que olhar no iMDB se era o mesmo roteirista [não era] caus que as falas são quase idênticas.

Sim, são duas adaptações do mesmo livro e por isso não é de se surpreender que existam semelhanças, só que tem muita semelhança no roteiro. No entanto, o telefilme é mais fiel ao livro e ainda dá de relho na obra hollywoodiana. Os protagonistas são mais velhos, às vezes me peguei encafifada achando que destoavam dos personagens na fase adolescente, mas no fim funcionou bem porque conseguiram retratar a carga dramática de Cathy e Heathcliff sem soar tolos.

Desculpe-me o fã da versão de 1992, mas as risadinhas da Juliette Binoche me tiraram do sério mais de uma vez; parecia mais uma francesa coquette do que uma inglesa criada nas charnecas. Com a atuação de Orla Brady finalmente podemos entender a obsessão de Heathcliff. O elenco da fase infantil, que representou  um desafio de boa vontade em 1992, desta vez é carismático e crível – especialmente a pequena Cathy de Kadie Savage.

O telefilme também achou soluções criativas para as idas e vindas no tempo sem quebrar a narrativa, e isso foi muito importante para estabelecer de forma mais clara como a personalidade dos protagonistas os levou a tomar esta ou aquela atitude ao mesmo tempo em que conseguiu contar a história dos dois romances, o de Cathy e Heathcliff e o de Catherine e Hareton, sem prejudicar nenhuma das histórias. Há uma evolução tanto narrativa quanto moral nessa versão, e, das três que conheço [a terceira é a de 1939 com Laurence Olivier e Merle Oberon], é a que eu indicaria para quem não leu o livro.

Disponível via torrent com legendas em inglês.

Post legal
Hoje na História: A morte de Charlotte Brontë, no blog Depokafé

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5 comentários sobre “Parecenças

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