Salada de acelga curtida

Senhôura dona minha mãe faz uma acelga que virou moda na cidade. A gente come feito curtido [obrigatório nas mesas japonesas] mas tem quem use de salada e até mesmo acompanhamento de churrasco. Não duvido nada que tenha quem sirva no lugar de tiragosto para cerveja em vez de salaminhos, queijos, azeitonas – porque é deveras saudável.

Ela pega a maior acelga que tiver no mercado e rasga as folhas em pedaços de mais ou menos 2 x 6 ou 7 cm – cas mãos, que com a faca ficam pedacinhos mais padronizados porém sem graça. Depois corta a julienne uma cenoura beeeeem grande – se não tiver uma cenoura john holmes podem ser duas médias – e dois pimentões. O legal é usar pimentões nas três cores [verde, vermelho e amarelo] pra ficar bem bonito, mas em Pedra Lascada é difícil achar do vermelho e raríssimo do amarelo, então geralmente em casa só se usa do verde mesmo [as pessoas riem do que Pedra Lascada não tem quando eu conto: é a verdade!]. Taca tudo isso numa tigela com uma mão de sal marinho – uma mão e meia se a medida for do tamanho da nossa – e deixa desidratando por 2 horas, misturando de vez em quando. Depois que perdeu bastante água, escorre e dá uma apertada leve. Não precisa chegar ao cúmulo de secar com papel-toalha ou centrifugar, não. Tempere com um envelope de Hondashi [peixe bonito em pó]. Um envelope, não um pacote.

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Herói

Pôster do filme HeróiAcho que acabo de assistir o filme que mais gostei do ano. Tá certo que é de 2002 mas eu moro em Pedra Lascada, então tá dentro do prazo de validade.

E, de qualquer forma, só foi lançado comercialmente nos EUA em 2004: Herói [Ying Xiong, China/2002], do diretor Zhang Yimou, o mesmo de Lanternas Vermelhas – um dos meus top favoritos de todos os tempos. Comprei numa banca de produtos genéricos [você, delegado da Polícia Federal que eventualmente lê este blogue, feche os olhos!] sem prestar muita atenção – não lembro de ter lido nenhuma resenha também, embora tenha concorrido ao Oscar de Filme Estrangeiro. Se fosse pelo ator principal Jet Li, uma espécie de Bruce Willis chinês [o cara tem mania de achar que vai salvar o país sozinho], teria passado batido, mas a capa trazia as palavras mágicas “Quentin Tarantino apresenta” em letras maiores que o próprio título. Quem resiste? Na pior das hipóteses perderia dérreau.

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O Amigo Oculto

No fim-de-semana assisti alguns filmes, mas vou comentar apenas um: [“O amigo oculto” [Hide and Seek, EUA/2005].

O trailer vende a história como sendo de terror psicológico. Psicólogo muda-se para o interior com a filhinha que testemunhou o suicídio da própria mãe, para que a mudança de ares ajude na recuperação do trauma.

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