Outubro Rosa | NFL: A Crucial Catch [2011]

Eagles vs 49ers, 2/10/11

Outubro chegou e pelo terceiro ano consecutivo a liga profissional de futebol americano apoia e incentiva o movimento Outubro Rosa de conscientização e prevenção do câncer de mama. Todos os times, a associação de árbitros e os jogadores se engajam no movimento não apenas usando a cor rosa nos equipamentos, estádios e websites, mas principalmente doando itens para leilão destinado a arrecadar fundos para pesquisa e exames gratuitos.

O futebol americano é um esporte de contato e, embora existam times femininos, é essencialmente masculino. Seus jogadores têm habilidade atlética, força e massa muscular. Uma parcela envole-se em incidentes policiais alguma vez na vida,  a maioria colabora ou funda instituições para ajudar a comunidade onde cresceu, mas todos se envolvem coma causa do câncer de mama qando chega outubro.

É uma coisa linda, assistir aos jogos neste mês. Bom, eu sou fã do esporte o tempo todo, mas existe uma magia intangível em ver aqueles profissionais gigantescos unidos e dedicados a despertar a conscientização para a prevenção de uma doença que afeta majoritariamente as mulheres. Eles se comprometem de verdade, não é só marketing pessoal ou obedecer ao chefe.

A melhor defesa contra o câncer de mama é detectá-lo precocemente

Outros esportes acompanham o movimento, como a Nascar, o beisebol, o hockey [este ano o basquete ficou de fora da campanha por causa da greve], em escala menor. No Brasil, teve um time profissional que disputou um jogo de futebol usando uniforme rosa no ano passado, não sei se prepararam algo para 2011. Por aqui o Outubro Rosa vem ganhando força ano após ano com a participação de empresas e órgãos públicos, mas o engajamento maior é articulado nas redes sociais.

Desde 2008 o PdUBT participa desse engajamento graças à organização da Sam Shiraishi, do blog A Vida Como a Vida Quer. A campanha nacional foca no empoderamento da mulher e no domínio que ela deve ter sobre o seu próprio corpo, e engloba informações fornecidas pela FEMAMA [Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama].

Como detectar o câncer de mama?
Através de exames clínicos de mama, que são exames nos quais médicos e enfermeiros observam e apalpam os seios à procura de nódulos ou outras alterações, e, especialmente, através da mamografia. Esse exame é uma espécie de radiografia, na qual é feita uma compressão nas mamas, e permite visualizar até mesmo pequenas alterações. A mamografia é considerada a melhor forma de detectar o câncer de mama, justamente por permitir o diagnóstico precoce da doença. Em uma fase inicial, quando os tumores são pequenos (menores do que 1 cm) e imperceptíveis ao toque, as chances de cura chegam a 95% dos casos.

O auto-exame é importante para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa reconhecer alterações nos seios. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde, e tampouco, a mamografia.

Mulheres acima de 40 anos devem fazer mamografia todo ano

É possível prevenir o câncer de mama?
Conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama e realizar acompanhamento médico anualmente são as principais orientações para a prevenção do câncer de mama. Os fatores de risco podem ser divididos em dois tipos: os modificáveis e os não-modificáveis.

Os fatores não modificáveis referem-se àqueles elementos naturais da vida da mulher, nos quais não se pode intervir. Dentre eles, podem ser citados o aumento da idade, a precocidade da primeira menstruação, bem como menopausa tardia, ausência de gestação ou primeira gestação após os 30 anos, e ainda, o histórico familiar.

Sobre este último, considerado muito importante, vale ressaltar que é responsável por apenas 10% dos casos de câncer de mama. Quem deve prestar mais atenção neste fator são as mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos. Recomenda-se, para mulheres com esse perfil, iniciar o acompanhamento médico de rotina mais cedo, bem como fazê-lo com maior freqüência.

Os fatores modificáveis, por seu turno, são aqueles cujo controle está em grande parte nas mãos das próprias mulheres. São eles: tabagismo (fumo), ingestão de álcool (mesmo que moderado), excesso de peso, alimentação rica em gordura e carne vermelha.

Por isso, a recomendação para quem quer prevenir o câncer de mama é manter uma vida saudável, tanto em relação à alimentação quanto à prática de exercícios. Além disso, o controle de peso após menopausa e a amamentação também contribuem para a prevenção do câncer de mama. As mulheres que forem se submeter à reposição hormonal também devem ter bastante cautela e conversar seriamente com seu médico, para avaliar os riscos desse tratamento.

A grande maioria das mulheres com câncer de mama não têm histórico da doença na família

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Outubro Rosa na NFL [Grandes Ligas]

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Miss Universo 2011

Leila Lopes (Angola) e Jimena Navarrete (México)

A sexagésima edição do concurso Miss Universo aconteceu pela primeira vez no Brasil e foi organizado pela rede Bandeirantes, que transmite o evento na TV aberta. Esta edição bateu o recorde de países e territórios participantes [89], dos quais dezesseis candidatas passaram para a segunda fase: Portugal pelo voto do público e as outras 15 pelos votos dos juízes das preliminares [BJ Coleman, Francesca Romana Diana, Ana Paula Junqueira, Scott Lazerson, Matheus Mazzafera, Jimmy Nguyen e Lara Spotts]. Foi a primeira vez que o Top15 virou Top16.

Eu comecei a assistir ao vivo quando anunciaram a seleção das dez sobreviventes para a terceira fase, escolhidas pelos juízes de palco [Hélio Castroneves, Connie Chung, Isabeli Fontana, Vivica A. Fox, Adrienne Maloof-Nassif, Lea Salonga, Farouk Shami, Amelia Vega – Miss Universe 2003 e Italo Zanzi] – não, um pouquinho antes, quando anunciaram Miss Simpatia [Montenegro] e Fotogenia [Suécia], e fiquei horrorizada com o “prêmio” que cada uma ganhou: mil dólares. Tá de brincadeira, né? Que mixuruca! Só de inscrição cada participante paga 80 mil!

Desta vez valeu a pena acompanhar a transmissão pela Band por dois motivos: como é a organizadora, o canal exibia imagens de palco que a geradora oficial [NBC] não exibia. Era possível ver o trabalho das chaperonas e ajudantes, a comunicação do evento com o público [“não pode apito”] etc. Outro ponto a favor foi que o canal substituiu a equipe de comentaristas do passado, que não comentava nada, só torcia pela candidata brasileira a ponto de ser rude.

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[Links] Sapatilhas de tricô para adultos

Cara, fazia muitos anos que eu não sentia frio desse jeito já que normalmente sou calorenta. Daí lembrei das sapatilhas pra dormir. Daí lembrei que salvei links pra blogs com receita de sapatilha. Daí lembrei que estavam no Miguelito que morreu… Bom, desta vez não, violão.

Não encontrei aqueles links de novo, mas compartilho os que encontrei agora:

1. TV Século 21 [link] com vídeo

2. Muitas Artes [link] tipo boneca

3. Pequenos Pontos [link] tipo boneca

4. Livro e Arte [link] dois modelos simples

5. Slideshare de Zaira Prado [link] tipo bailarina

6. Entre Agulhas e Linhas [link] simples

7. Doces Pontinhos [link] esse parece com o que tenho, só que o meu vai afunilando na ponta e tem um arremate em volta da boca pra amarrar com cordão em crochê. Não sai do pé nem com todo o meu vira-e-revira noturno e esquenta rapidinho.

Tenho meu par já faz uns 15 anos e vale a pena fazer o investimento, se não sabe tricotar. Ele se paga em duas noites como a de ontem e anteontem. 😆

Desafio Literário | Um Bom Tricô

Sinopse

Um Bom Tricô é uma lojinha em Seattle onde quatro mulheres bem diferentes se reúnem todas as semanas para aprenderem a fazer uma mantinha de bebê. Lydia Hoffman, a dona da loja, sobreviveu duas vezes ao câncer, Jacqueline Donovan é uma socialite em crise no casamento, Carol Girard vive a esperança de engravidar por meio da fertilização in-vitro e Alix Townsend nada mais quer do que cumprir uma sentença da justiça prestando um serviço comunitário. Com um enredo emocionante e envolvente sobre o amor e a amizade.

Capa do livro

Capa do livro

Quando se fala em tricô + literatura, na minha cabeça logo vem Agatha Christie e Ruth Rendell: crimes e assassinatos, portanto. Mas dona mãe fazia aniversário e o presente era dela – e ela não gosta de romances policiais e eu não queria dar outro romance espirita. Li a sinopse de Um Bom Tricô e me pareceu o tipo de leitura que ela gosta. Foi um salto no escuro, já que nunca vi ninguém que eu conheça comentar sobre esse livro, nunca vi na lista de mais vendidos. Nem em lista alguma, na verdade.

Aí um dia comecei a ler, antes de dormir. E lia mais um capítulo, só mais um, pra ver o que acontecia com as personagens, e quando vi tinha varado a noite e terminado o livro numa sentada.

A autora norte-americana Debbie Macomber inicia a trama com uma receita de tricô para manta de bebê. Esta receita, da artesã Ann Norling, será usada na primeira turma de alunas de Lydia, a dona da loja de armarinho Um Bom Tricô na rua Blossom, em Seattle.

As aulas acontecem nas tardes de sexta. Lydia tem três alunas: Jacqueline, esposa do empreiteiro responsável pela revitalização do bairro; Carol, uma corretora de sucesso que abandonou a vida profissional para tentar engravidar; e Alix, jovem rebelde que precisa cumprir horas de serviço comunitário e controlar sua raiva.

Jacqueline vive um casamento de aparências, pois as aparências frente às amigas do Country Club são o que norteiam a sua vida. Ela resolveu aprender a tricotar e fazer a manta de bebê para provar que seria uma boa avó para a sua primeira neta, filha de Paul, seu filho único, e Tammie Lee, a nora sulista que Jacquie desaprova.

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Outubro Rosa | Arrecadação de produtos de higiene pessoal em Brasília/DF

Eu achei a iniciativa da mãe da @thaisgondar tão joiada que roubei um trechinho do post dela pra colar aqui:

Só quem passa pelo problema conhece o horror que é um câncer. Mamãe sabe bem disso, mas hoje ela está curada e completamente envolvida com a causa. Por isso, estamos arrecadando doações para a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama do Hospital de Base de Brasília. A rede atende mulheres carentes do DF e entorno oferecendo a elas um tratamento digno. O objetivo é arrecadar produtos de higiene pessoal (shampoo, sabonete, creme dental, absorvente íntimo, aparelho de depilação, etc). Acreditem! Nem isso essas mulheres têm.

Se você quiser e puder doar em gênero ou em espécie, entre em contato com a Thaís no blog Dançar a Vida.

Outubro Rosa | NFL: A Crucial Catch

Pelo segundo ano seguido, a liga de futebol americano profissional dos EUA promove o mês de conscientização e prevenção do câncer de mama: em todos os jogos disputados em outubro os jogadores, técnicos, juízes, campos de futebol e websites exibirão elementos cor de rosa. Os equipamentos, peças de vestuário, bolas e moedas especiais serão leiloados e a renda beneficiará a American Cancer Society e os projetos sociais dos times e jogadores que se dediquem ao tema.

Neste ano a campanha da NFL tem nome, A Crucial Catch, e concentra-se na divulgação da importância do exame anual. Eu traduzi [de forma amadora, é claro] um quadro do website deles a seguir.

“Devido ao financiamento inadequado do governo federal para o programa de exame do câncer cervical e de mama, menos de uma em cada cinco mulheres consegue fazer o exame e o tratamento que salvaria suas vidas quando elas precisam.

Você pode ajudar a reduzir o risco de ter câncer de mama com exercícios físicos regulares, mantendo um peso saudável e limitando o consumo de bebida alcoólica.

Mais mulheres sobrevivem ao câncer de mama com o diagnóstico precoce e tratamento adequado.”

Vou repetir o que comentei no ano passado: são caras enormes num esporte de contato duro usando pink um mês inteiro para divulgar a conscientização de uma doença predominantemente feminina. Além do futebol americano, outros eventos esportivos usarão a cor rosa durante o mês de outubro: uma corrida da Nascar e outra da Indy [que pretendo comentar depois]; as ligas nacionais de futebol soccer nos EUA [MLS] e no Méxco usarão uma Jabulani pink nos jogos e alguns goleiros usarão luvas da mesma cor. Os times dos EUA organizarão palestras em suas comunidades e doarão parte do lucro da venda de ingressos. As ligas profissionais norte-americanas de basquete [NBA], hóquei no gelo [NHL] e beisebol [MLB] também participam da campanha de prevenção e conscientização, numa escala menor e nem sempre em outubro.

O importante aqui é derrubar barreiras e tabus: o corpo é da mulher, ela é responsável por ele, mas não precisa fazer isso sozinha ou às escondidas, por pudor. Quanto mais gente falar sobre o assunto, maior a conscientização [e, consequentemente, as verbas para pesquisa e a pressão sobre os órgãos públicos de saúde].

Mais fotos: The Examiner

Este post faz parte da blogagem coletiva Outubro Rosa.

Para acompanhar as blogagens: A Vida como a Vida Quer, da Sam Shiraishi.

Sites legais
Dia de Amar Seu Corpo

FEMAMA Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

Mulher Consciente

Posts legais
Outubro Rosa no Discovery Home & Health [Simone Miletic, Só Seriados de TV]

Ao invés do medo, a prevenção [Simone Miletic, Porque minhas opiniões não cabiam na telinha da TV]

Outubro Rosa: Caneca Alvo da Moda by IBCC [Cler Oliveira, Eu Amo Canecas]

Outubro Rosa [Mari Trigo, Shopaholic]

Outubro Rosa: Luta contra o câncer de mama [Celina Oliveira, Luxos e Luxos]

Dia Rosa Para Todas [Patrícia Assis, De Repente: Mãe]

Você se previne do câncer de mama? Então aproveite o Outubro Rosa [Juliana Lopes Romão, Casa in Ordem]

Dra Laura Lúcia explica como fazer o auto-exame das mamas


Link http://www.youtube.com/watch?v=3L0ME1oJaaw

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NFL goes Pink

Miss Universo 2010

Jimena Navarrete (México) e Stefania Fernandez (Venezuela)

Jimena Navarrete (México) e Stefania Fernandez (Venezuela)

A transmissão

Concurso de miss é um dos meus prazeres culposos, admito, mas não assisto para torcer pela representante nacional e sim pela diversão. Pra dizer a verdade, eu tenho até um pouco de bronca das pessoas que torcem tanto pela representante nacional que acabam por cometer as maiores grosserias contra as outras competidoras, por colocar a credibilidade dos jurados em dúvida, etc. É por isso que deixei de assistir à transmissão da Band nos últimos anos.

O problema é que a TNT apresentou uma queda enorme na qualidade dos comentários, do ano passado para cá. Desta vez a narração não ficou a cargo da Leila Schuster, que é uma profissional muito correta e de quem eu gostei muito nas transmissões de 2008 e 2009. Quem comentou os desfiles foram os dois tradutores simultâneos e a ex-modelo Luíza Brunet. Ela é linda, sim, empresária de sucesso, tudo bem, deve entender do riscado, OK, mas isso tudo não se transferiu pro discurso.

A fala de Brunet é quase ininteligível, ela fala meio pra dentro, meio pelo nariz. E esse nem foi o maior problema dos comentários, e sim a pobreza de informação, de análise e de vocabulário dos três comentaristas. Então, na verdade, belíssima, elegante: resumiram-se a isso. Várias vezes anunciaram Miss Universo 2009 em vez de 2010 e pelo menos uma vez trocaram Miss Universo por Miss Brasil. Não pronunciaram o nome de nenhuma candidata a não ser o da brasileira e passaram metade do tempo se lamentando porque ela não se classificou nem entre as top 15.

E a tradutora simultânea pronuncia “míssi”. Argh.

Um outro problema aconteceu no desfile de trajes típicos, mas isso eu não sei se foi do canal, da operadora ou da organização do concurso: a imagem ficava borrada ou congelada, eu não consegui ver quase nada das fantasias.

Tom & Lorenzo: Miss Universe 2010 National Costumes Part 1 e 2.

Miss Universe 2010 – National Costume

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Desafio Literário | Lady Dorinda / Rosa do Oriente

Sinopse
Dorinda renunciara à felicidade e ao amor, mas isso fora antes de conhecer Maximus Kirby!
Em sua fria e escura mansão, Dorinda era uma sombra, sempre se esgueirando pelas escadarias, sempre correndo para se esconder quando um convidado chegava. Não suportava ver a repulsa dos que olhavam para seu rosto, deformado por uma doença que nenhum médico conseguia curar. Era Lettice, sua linda irmã, que estava destinada a ter um futuro brilhante como esposa do riquíssimo Maximus Kirby, o homem mais poderoso de Cingapura. Mas, por ironia, a irmã se recusava a cruzar o oceano ao encontro do noivo que a esperava. Só concordou com uma condição: que Dorinda a acompanhasse. Assim, as duas partiram a bordo do Osaka, rumo ao oriente desconhecido. E, em pleno Mar Vermelho, um milagre aconteceu!

Coleção Rebeca

Coleção Rebeca

Dame Barbara Cartland reclinava-se no sófá do seu estúdio todos os dias às 13h30 e ditava seus romances para uma secretária e um gravador durante duas horas. Eram oito mil palavras por sessão: um romance a cada duas semanas. Era tão prolífica que, quando faleceu aos 98 anos em maio de 2000, deixou 160 livros inéditos.” [Times Online, tradução livre]

Cartland é conhecida ainda hoje como a Rainha do Romance, com 723 livros publicados em vida e mais os 160 que estão a sair pela Pink Collection, editados pelo seu filho, ao ritmo de um por mês. Aliás, pink é a cor associada à escritora e jornalista porque era o tom de rosa que ela usava nas roupas e acessórios, destacados fortemente contra o cabelo platinado e a maquiagem pesada.

Sua família não fazia parte da nobreza que ela gostava de retratar nos romances, mas vivia com conforto de classe média alta até que seu avô paterno, banqueiro, foi à falência e se suicidou. Seu pai era miltar e foi morto na 1ª Guerra Mundial; seus dois irmãos foram mortos na 2ª Guerra. Para prover o sustento da casa, sua mãe abriu uma loja de costura.

Barbara supostamente rompeu o primeiro noivado quando descobriu os segredos do intercurso carnal [awww] – nada surpreendente, aqui. Ela nasceu no ano em que a Rainha Victoria morreu, então sua mãe devia guiar-se pelos princípios vitorianos na criação da menina: não falar a respeito. É claro que eventualmente a jovem Barbara superou tais pruridos, vsto que ela casou-se duas vezes e teve três filhos. Não apenas casou-se duas vezes, mas seu primeiro marido acusou-a de ter um affair com o que viria ser o segundo e que era primo dele. Oh, fofoca suculenta! E de fofoca ela entendia, pois seu primeiro emprego foi como colunista da seção de fofocas do jornal Daily Express.

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Momento TPM

Chá de hortelâ como se fosse água, para diminuir o inchaço provocado pela retenção de líquido [dica da Adrina, brigadê!] e duas pérolas de Guttalax pra constipação: um mês depois e Titia Batata é quase outra pessoa nesta nova TPM.

Quase, porque o instinto assassino ainda aflora, inda mais depois de saber do processo que a Denise Bottmann está a sofrer por desmascarar duas traduções espúrias no blog Não Gosto de Plágio, junto com a Raquel Salaberry do Jane Austen em português.

Dentre os absurdos da ação, a editora acusada de plagiar traduções pede “direito de esquecimento”. Eu entendi isso como um artifício pra continuar enganando pessoas, na esperança de que, apagando os registros do passado, os leitores voltassem a comprar seus livros na boa-fé. Parece que é isso mesmo, segundo a própria Denise:

Aparentemente, o problema principal dos reclamantes é o fato de que se publiquem notícias, que elas circulem e não caiam no esquecimento com a volatilidade que ocorria na era pré-digital. Devo concordar que, realmente, quando as notícias antigamente saíam num jornal, meses depois a tendência era que o público esquecesse as informações (a velha piadinha que dizia “brasileiro tem memória curta”). Concordo também que a internet propicia maior velocidade no fluxo de informações e facilita consultas de tipo documental e arquivístico. Ao contrário dos reclamantes, porém, considero que tais avanços tecnológicos são muito positivos para as sociedades democráticas, e favorecem uma maior transparência das relações sociais – neste sentido, hoje em dia seria muito mais difícil destruir documentos e “reescrever arquivos” como se fazia em regimes totalitários, pois torna-se mais fácil preservar os arquivos das informações graças aos meios digitais.

Se, como cidadã, louvo e utilizo os novos meios propiciados por tais avanços tecnológicos, não vejo por que devo ser processada por tal fato. A Internet é um fenômeno global de gigantesco alcance e envergadura, gerando sistemas de arquivamento e compartilhamento de informações a um grau inédito, e sabidamente trata-se de um processo irreversível em escala mundial. Quanto aos marcos regulatórios para disciplinar a matéria no Brasil, encontram-se em fase final de elaboração no Ministério da Justiça, prevendo dispositivos não só para a devida tutela de todos os direitos humanos e sociais envolvidos, mas também para tolher tentativas arbitrárias de censura e amordaçamento, garantindo a preservação do estado de direito. [Em A Internet não esquece, publicado no QueroTerUmBlog do Alessandro Martins, 23/02/10]

Decerto desconhecem a expressão “tiro no pé”, caus que foi isso o que aconteceu. Igual o Roberto Carlos, que ajudou a vender uma biografia que nem era grandes coisas mas que virou objeto de curiosidade depois que ele entrou na justiça para retirar das livrarias. Igual o deputado aquele que esqueci o nome e tentou fazer o mesmo com o livro Na Toca dos Leões, do Fernando Moraes.

Em todos esses casos a tática é a mesma: intimidação pela truculência. E em todos os casos o resultado é o mesmo, ou seja, o oposto do que o autor da ação pretende: em vez de abafar o caso, esse tipo de ação provoca a curiosidade e acaba aumentando a exposição do que se pretendia ocultar [ou “esquecer”]. Esse imbroglio do plágio, por exemplo, até agora era do conhecimento de um grupo muito pequeno – a comunidade de tradutores, talvez; uma parcela dos leitores de Jane Austen e Emily Brontë [somos poucos, admita]; meia dúzia de jornalistas especializados…

E veja agora a dimensão que a coisa está tomando. A Denise [força na peruca, mulher! quem supera TPM um mês após o outro supera tudo!] reúne o que está sendo publicado sobre o caso em atualizações dos seus posts:

justiça e internet [23/02/10]
justica e internet II [24/02/10]
justiça e internet III [25/02/10]

Para quem tem curiosidade de saber quais foram os posts que motivaram a ação, são os que cotejam as semelhanças em Persuasão [Jane Austen] e O Morro dos Ventos Uivantes [Emily Brontë].

Nome do tradutor na capa: eu apoio essa ideia.