Cinco filmes e um episódio especial de Natal

A Bruna Guerreiro comentou lá no Quarto Escuro dos filmes obrigatórios que ela revê todo ano, próximo ao  Natal – você sabe, a data, não a cidade – porque ela mora em Belém, a cidade em que Jesus nasceu.

Tá bom, parei com as piadinhas infames.

Em todo caso, ela listou A Felicidade Não Se Compra e O Conto de Natal do Mickey como os titulares absolutos e pede sugestões de outros filmes pra assistir na data. Eu também tenho uma listinha e resolvi compartilhar aqui no PdUBT, mas não repare na bizarrice das minhas escolhas. Ou repare, vá lá.

1 – Missão Especial de Natal [Hogfather, Inglaterra/2006]

Adaptação do livro de Terry Pratchett, conta como um grupo estranho de pessoas e outros seres tem de correr contra o tempo para salvar o Papai Noel [e, consequentemente, o Natal]. Para evitar que as crianças deixem de acreditar no velhinho, o próprio Morte assume seu lugar. Ele não leva muito jeito, por isso conta com a ajuda de um antigo mago. Entre as coisas que o Morte tem dificuldade em aprender está a entonação apropriada do HO HO HO.

Cabe a Susan, neta do Ceifador, resgatar o Papai Noel antes que o terrível [porém sindicalizado] assassino Mr. Teatime destrua o Natal de vez. É uma bela alegoria sobre o racionalismo extremo. Tem em DVD no Brasil, mas cortado. Se  encontrar as duas partes pra baixar é melhor. Meu post.

Trailer dublado

Link http://www.youtube.com/watch?v=m1etEdfQKTA

2 – O Estranho Mundo de Jack [The Nightmare Before Christmas, EUA/1993]

Com roteiro de Tim Burton, conta a história de Jack, rei de Halloweentown que descobre a existência do Natal. Ele tenta adaptar os costumes natalinos em sua comunidade mas, sem um conhecimento mais profundo dos simbolismos, o resultado nem sempre é o esperado.

O grande trunfo da animação é justamente esse: ao desmontar rituais que o espectador executa de forma automática, o faz repensar os significados desses rituais e contextualizá-los em sua realidade, além de enxergá-los sob um novo ponto de vista. Isso é o que Pratchett e Burton fazem melhor. É fácil de achar em DVD e costuma passar na TV.

Trailer legendado

Link http://www.youtube.com/watch?v=LuvdeINbNhM

3 – Tokyo Godfathers [idem, Japão/2003]

Animê japonês adaptado do faroeste norte-americano O Céu Mandou Alguém. e do mito dos Reis Magos. Na noite da véspera de Natal, três mendigos encontram um bebê abandonado nas ruas de Tóquio e partem numa jornada para devolvê-la aos pais. Vale lembrar que o Japão não comemora o Natal, lá nem mesmo é feriado.

O roteiro trata de generosidade, perdão, autoconhecimento e redenção, sem cair em pieguice ou proselitismo religioso. Há um bocado de humor, um tipo de humor seco mas que arranca gargalhadas, e tem momentos em que o choro é inevitável – recomendo manter uma caixa de lenços à mão. Tem em DVD e costumava passar no Animax antes de virar Sony Spin. Meu post.

Trailer em inglês

Link http://www.youtube.com/watch?v=7Q6mcx2qF4Q

4 – A Vida de Brian [Monty Python’s Life of Brian, Inglaterra/1979]

O melhor argumento para assistir a essa comédia: foi tachado como “blasfemo” e banido em diversos países. Não é o suficiente? Tá bom, toma essa: é do Monty Python, o grupo de humor ácido, crítico, inteligente e anti-iconoclasta inglês. O filme só pôde ser feito porque George Harrison [é, dos Beatles] investiu dinheiro na produção depois que o estúdio cedeu à pressão religiosa e retirou o financiamento.

O roteiro conta a vida de um israelense que nasceu no mesmo dia e a poucos estábulos de distância de Jesus. As trajetórias de ambos se encontram em diversos momentos, o que faz as pessoas confundirem Brian com o Messias. Não é exatamente um filme natalino e certamente não tem mensagem edificante, mas é obrigatório pra mim. Fácil de achar em DVD, na TV nem tanto.

Trailer em inglês

Link http://www.youtube.com/watch?v=yqSv9CLjAJ0

5 – O Grinch [How The Grinch Stole Christmas, EUA/2000]

Eu não gosto do Jim Carrey. O nome dele me é um repelente natural na hora de escolher filmes, mas eu gosto do Grinch, uma criatura verde e mal-humorada que detesta o Natal. A história se passa na Quem-lândia, a mesma do [filme] posterior Horton e O Mundo dos Quem, e é adaptado do livro do Dr. Seuss.

Assim como em três do dos quatro filmes anteriores, o roteiro se dedica a despertar o espectador da letargia, cutucando-o ao criticar comportamentos que levem ao consumismo. Ao mesmo tempo, também como em três dos quatro anteriores, traz a mensagem de que é errado julgar os outros pela aparência. Isso, e o fato de que a gente não vê a cara do Jim Carrey, ajudam a recomendar o filme. Tem em DVD e costuma passar na TV nessa época.

Trailer em inglês

Link http://www.youtube.com/watch?v=p1P_giB0TKg

Episódio Especial – Doctor Who: A Christmas Carol [Inglaterra/2010]

A série inglesa Doctor Who costuma exibir um episódio especial natalino todo ano. O de 2010 foi uma adaptação de Um Conto de Natal de Charles Dickens e pode ser visto mesmo por quem nunca nem ouviu falar na série – basta saber que envolve viagem no tempo.

O equivalente do personagem Ebenezer Scrooge coube a Michael Gambon [o Dumbledore de Harry Potter]. É engraçado, é emocionante, é exigente com o espectador, é indispensável. Não tem em DVD no Brasil e não passa na TV tampouco, mas quem tem os meios se vira e encontra. 😉

Trailer em inglês

Link http://www.youtube.com/watch?v=4bEOrsJkijE

E tu, quais são os seus obrigatórios natalinos?

Atualização: a lista da Cristine Martin no Rato de Biblioteca.

A lista da Samantha Shiraishi no A Vida Como A Vida Quer.

Dirty Dancing | I’ve had the time of my life, no, I never felt this way before, yes, I swear

Ninguém põe Baby no canto.

Imagem: I can has cheezburger

Hoje passou Dirty Dancing – Ritmo Quente na Sessão da arde de novo – dá pra saber porque o número de visitas explode no PdUBT por causa do post do filme e agora no Twitter vira Trending Topic. Oportunidade ótima para fazer o post musical da semana baseado na canção [I’ve Had] The Time of My Life, né?

Composição de Franke Previte, John DeNicola e Donald Markowitz, interpretada por Bill Medley e Jennifer Warnes, foi selecionada pelos coreógrafos Kenny Ortega e Miranda Garrison para fechar o filme [Garrison interpreta a personagem Vivian] e ganhou Oscar, o Grammy e o Golden Globe.

Letra e tradução

Cena do filme

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[Sons of Anarchy] Burnt and Purged Away

Romeo: I find that big stacks of cash have a very tranquil effect on people.

Gaalan: Our American colleagues have put profit before protocol. We’re just here to enforce decency.

O que foi esse episódio de SoA, minha gente??

Começou como quem não quer nada, uma escada entre eventos, mas foi construindo o encadeamento de tal forma que nos últimos minutos eu estava agarrada na beira da cadeira sem nem piscar.

Pra começar, os irlandeses chegaram a Charming e não estão felizes com o arranjo de Clay com o cartel Galindo. Gaalan também tem outros problemas para tratar em território ianque e usa o poder de persuasão de umas caras mal encaradas para ajudá-lo a convencer o braço norte-americano do IRA a desistir do comércio ilegal de bebês.

Eu quase soltei gritinhos na cena dos Sons [Jax, Chibs, Tig, Happy, meus favoritos] botando pra quebrar no meio de dúzias de bebês fofinhos, preocupados em não usar armas pra não acertar nenhum deles por acidente. Depois de dois episódios com tiroteios, essa cena só reforçou a impressão que comente no post anterior: tiroteios são um recurso que deve ser usado com inteligência, não para preencher tempo.

A terceira ponta do arranjo demonstra sinais de que, uma vez dentro, a saída não será limpa. Clay tenta tirar Romeo do encalço de Tara, sem sucesso. Dá pra acreditar que o Clube consegue sair do transporte numa boa? Ingenuidade de quem acredita nisso, mas é explicável porque desconhecem o quanto Clay está afundado, as implicações e a que ponto ele chegou.

Por isso o trato que ele propõe a Tara me cheira a outro blefe, um acordo que sabe que não cumprirá.

Este episódio teve bastante ligação com acordos, aliás. Linc Potter conseguiu a última exigência e Otto entregou Bobby para o promotor; Juice forneceu a informação sobre o encontro entre o IRA e o cartel; o Xerife Eli recebeu o reconhecimento do prefeito e do Potter pela colaboração em seus respectivos projetos [e foi engraçado vê-los repetindo as mesmas palavras, denunciando o quanto são parecidos].

A questão Tara versus Wendy é a que menos desperta meu interesse no momento, mas tenho a impressão que não será resolvida nos próximos dois episódios. Isso deve ficar pra quinta temporada, a não ser que Wendy acabe morta – e isso é outra coisa que eu gosto na série, raramente se mata alguém pra resolver um problema. Geralmente, um assassinato em SoA só cria mais problema ainda.

O  que está me intrigando de verdade é por que Gemma insiste em proteger Clay. Opie está determinado, mas ela resiste. Vi pessoas criticando a matriarca por essa atitude por achar que ela faz isso por amor a Clay, mas eu matuto se não é um plano mais complexo dela, um plano calculado friamente – nesse caso, tem mais chance de dar certo do que a reação emocional de Opie, por mais compreensível que essa reação tenha sido e pelos gritos de “Êee!” que soltei, não acredito que Opie teve sucesso.

Off-topic: artigo “How Sons of Anarchy got racism right” [Racialicious
].

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Novos episódios das séries Poirot e Marple em 2012

Confirmando rumores lançados pelo ator David Suchet, o canal de TV britânico anunciou as gravações dos cinco últimos trabalhos do detetive belga criado pela escritora Agatha Christie para 2012: Os Trabalhos de Hércules, A Extravagância do Morto, Os Quatro Grandes, Elefantes Não Esquecem e Cai O Pano, o derradeiro caso de Poirot. Ainda não se tem certeza se Hugh Fraser retornará para o papel do Capitão Hastings em Cai O Pano, mas Suchet espera que sim:

A ITV também anunciou mais três episódios de Marple estrelados por Julia Mckenzie: Mistério no Caribe, Noite Sem Fim e O Mistério dos Sete Relógios. Dos três, apenas Mistério no Caribe é um livro originalmente centrado em Jane Marple, os outros dois serão adaptações livres. Isso já vem sendo feito há algumas temporadas.

Pessoalmente, acho esse tipo de adaptação ruim, não gostei de nenhuma das que vi. Mas eu xingo a ITV e continuo assistindo, então por mim tá ótimo!

Fonte: The Stage

[Sons of Anarchy] Call of Duty

Tig para Clay: Do you know why you is losing this Club? Do you? Ain’t because of the drugs. It’s ‘cause you crawl in there and you shut those doors and you lock all of us out.

A pessoa pensa assim: “ah, uma série de macho, testosterona rolando solta com aqueles cabra durão, tranquilo” e acaba de assistir ao episódio aos prantos, pior do que se fosse num filme com gatinhos doentes.

Call of Duty durou 59 minutos [contra os 42 habituais] e, de novo, foi um acerto de roteiro do início ao fim. Todas as subtramas tiveram seu quinhão e praticamente todos os personagens compareceram. Dentro da história da série, que mantém um nível otimizado de qualidade, acho que esse episódio foi um dos melhores.

Personagens que vinham atuando na sombra do plot envolvendo Clay e o transporte de drogas ganharam mais profundidade e individualidade desta vez. Tig, que eu amo, vinha sendo jogado pra escanteio não apenas por Clay, mas tinha episódio em que mal tinha uma linha de diálogo e agora definiu suas lealdades. Ele ama Gemma, mas não é isso que o define na série: é todo o conjunto de valores éticos e morais, embora distorcidos em algumas questões. Eu gosto como os personagens em SoA não são bidimensionais, como os conflitos não se extinguem em uma dualidade simplista de bem versus mal e de como essa complexidade é construída e sugerida, em vez de soletrada para o espectador.

A cena em que Tig entrega o patch de Sergeant in Arms pro Clay foi épica.

E demorou, mas finalmente a morte de Luann teve um encerramento. Isso foi quando, na primeira ou na segunda temporada? A gente sabia que foi o cara lá, mas eles só tinham a suspeita/certeza, sem ter confissão nem meios de provar. E  deixa eu te contar que já manjei o Bobby quando ele prometeu que não mataria  o Georgie depois que confessasse. E manteve a promessa! Pena que o bobão não arrancou essa jura dos outros também… Foi o momento de humor de um episódio tenso.

Margaret: What in God’s name happened?
Gemma: Flew my broomstick into a brick wall.

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[Sons of Anarchy] Hands

Vou repetir algo que já comentei antes, mas vá lá: a gente está vendo a desgraça se aproximar, mas não consegue desviar os olhos.

Neste caso, parece que a desgraça é a destruição de Clay e do jeito que “previ” quando o DA Potter mostrou a cara: implodindo o Clube de dentro pra fora porque apenas assim pro cara ser derrotado. O que esta temporada veio construindo, porém, não foi a rachadura interna provocada pela entrada de SAMCRO no transporte de drogas ou na estratégia do Potter enredar Juice como informante – o que esta temporada fez foi isolar Clay daqueles que verdadeiramente comandam os acontecimentos.

Gemma será o pior inimigo de Clay. É irônico pensar que, no momento, o único aliado do presidente do Clube é Jax e isso só porque ele ainda não sabe da missa a metade. Tig e os outros quase não contam, não tem nenhum ali com carisma e liderança o bastante para ameaçar seu posto, que dirá a vida do cara. Mas Gemma é outra história completamente diferente. Eu sou fã confessa dela, com os erros e tudo, e devia saber que Clay só cairia quando ela decidisse.

E Gemma decidiu parar a escalada descontrolada do marido porque percebeu que, para salvá-lo, teria de sacrificar a família inteira. A confiança foi quebrada e essa era a ligação mais forte  entre o casal  – nem dava pra ser diferente depois que ele matou John, justificando que foi por ela. Mas ele mente desde o princípio, é o que as cartas deixam claro: Clay matou John por causa do negócio de armas  e deixou Gemma acreditar que foi por ela. Achei muito interessante a entrevista que Kurt Sutter deu à TVLine esclarecendo como essa quebra de confiança foi trabalhada no roteiro – não foi a promessa que ele fez e quebrou, não foi ordenar a morte da nora, não foi a surra em Gemma; isso tudo são apenas demonstrações do caminho escuro que ele tomou nesse ponto da vida.

É essa sutileza e essa complexidade que me atraem na série; na semana passada o que esqueci de dizer está relacionado a isso, de certa forma. Eu já comentei antes que cenas de tiroteio costumam me matar de tédio, acho uma encheção de linguiça, um recurso raso e preguiçoso [desisti do piloto de Grimm assim que o cara abateu a criatura com tiros de pistola]; porém, em SoA os tiroteios estão tão perfeitamente encaixados no contexto que nem ao menos percebo que houve troca de tiros, de tão mergulhada que fico na história. Fico até com a impressão que cenas de troteio acontecem raramente nesta série sobre traficantes de armas e de drogas e gangues de foras-da-lei.

Por enquanto Piney e Tara foram as principais vítimas dos ataques defensivos de Clay [só quem está familiarizado com futebol americano pra entender esse trem de  ‘ataque defensivo”, hehehe]. O ataque a Tara teve duas consequências que definiram o destino de Clay: a decisão que Gemma tomou de detê-lo e a outra ainda deve ser resolvida nos próximos episódios quando Tara e Jax descobrirem quem foi o mandante, porque aí as cartas deverão voltar à mesa.

É muita coisa, e ainda tem a questão do projeto imobiliário do Prefeito Hale. Não é à toa que o próximo episódio terá 90 minutos e a temporada terá um episódio a mais no fim.

Gemma Teller-Morrow: Clay can’t be saved. He’s not going down by law. He’s going to die… by the hand of a Son.

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[Sons of Anarchy] Kiss

Episódio de transição em que não há um fato que afete a história, mas que faz a ponte necessária para o desfecho da temporada – a não ser talvez pelo beijo do título que ocorre nos últimos segundos e que me passou a impressão de referir-se ao beijo de Judas, o traidor.

Não, não me refiro ao Juice, que o DA Potter enredou mais profundamente na teia. O cara é uma verdadeira aranha, né? Quando você menos percebe tá ali, prontinho pra virar sopa. Mas foi interessante rever o organograma que sustenta a série: o IRA fornece as armas [esse dinheiro financia o grupo irlandês} para o Sons of Anarchy, com Chibs no papel de liaison. SoA revende as armas para traficantes  que distribuem drogas dos carteis.

Isso até Clay decidir eliminar uma das pontes e transformar o Clube num distribuidor de drogas também. Isso desestabilizou não apenas o relacionamento interno do grupo mas principalmente com os antigos clientes como o Niners, MC que distribui para o cartel Lobo Sonora rival do cartel Galindo, fornecedores de SAMCRO. Se Clay achava que podia atravessar o caminho dos caras impunemente isso seria uma falha de julgamento enorme de sua parte, o que é bastante incomum tratando-se desse personagem, mas resolveram isso fazendo com que o acordo Niners-Lobo Sonora fosse recente.

Falando em falha de julgamento, Potter está explorando bem as vulnerabilidades do Clube. Além de Juice, ele está manipulando as cordas de Otto na questão Leann-Bobby, uma coisa que a vadia da Agente Stahl não teve competência. Eu torço para Potter ter o mesmo fim, mesmo gostando infinitamente mais dele do que da vadia da Stahl – o que foi o cara subindo na mesa quando Juice atacou o xerife?? Rolei de rir! Tipo “ai uma barata! mata mata mata!” 😀

Jax é um líder nato e cada vez mais os membros do Clube o procuram para resolver problemas em vez de procurar Clay, e o jeito de Jax resolver os problemas é o jeito do Clube, como Bobby apontou bem. Com ele descobrindo a quebra da palavra do padrasto, Jax decide partir com Tara e os meninos. Na hora que Gemma contou da viagem de Tara pro marido já tava na cara o que ia acontecer, agora é esperar pra ser surpreendido por alguma virada de eventos como só Sons of Anarchy é capaz.

Tinha mais uma coisa pra comentar sobre este episódio mas esqueci. Se eu lembrar depois atualizo o post ou comento no próximo. *Tsc*

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But I would walk 500 miles and I would walk 500 more just to be the man who walked 1,000 miles to fall down at your door!

Link http://www.youtube.com/watch?v=3s4Czla6tXc

Eu estou com essa música na vitrola mental desde domingo, quando minha timeline no Tumblr pipocou de referências veladas com a combinação “500 miles + Doctor Who” e, mais tarde, “Sue from catering”. Na segunda-feira descobri o motivo: a equipe da série inglesa gravou um clipe especial para a despedida do ator David Tennant do papel de Décimo Doutor [Anglophenia].

Atores fixos, convidados, operadores de câmera e áudio, o pessoal dos efeitos especiais, produtores, roteiristas, cabeleiros e maquiadores, um Ood [!!], o pessoal do Confidential e Sue da Cantina, todos gravaram vídeo em que cantavam a música I’m Gonna Be [500 Miles] da banda escocesa The Proclaimers. Já vi o clipe várias vezes e chorei em todas.

Eu acredito que devem ter planejado o clipe desde muito cedo, porque as três companions do Décimo aparecem e em locação [a Rose, a Martha e a Donna], além do Lorde Presidente Rassilion [Timothy Dalton] e do Capitão Jack Harness do spin-off Torchwood. E um Ood. Eu já mencionei o Ood?

É uma gracinha de vídeo, bem alto astral com as pessoas se divertindo e cantando e dançando, sem manipular a emoção do espectador com uma música melosa ou roteiro idem, mas é emocionante porque dá pra perceber o carinho da equipe pelo ator e, da mesma forma, o carinho do ator pelos colegas e a série.

O clipe foi exibido na festa de despedida após o último dia de trabalho de Tennant como o Doutor e ninguém explicou o motivo de só vir a público agora. Em todo caso, o dia 30 de outubro ficou conhecido na comunidade whovian como o 500 miles day [Doctor Who Brasil].

Desta vez não vou embutir no post todas as versões que encontrar [Wikipedia], apenas o videoclipe da banda para o filme Benny & Joon – Corações em Conflito e para o evento Comic Relief, edição de 2007. No do Comic Relief o Tennant também aparece, ele é fã declarado da canção.

Atualização: fãs de DW mundo afora podem enviar vídeos fazendo a coreografia de I’m Gonna be [500 Miles] até 13 de novembro para o The Eleventh Blog [com uma bandeira do seu país] pra eles montarem um clipe-homenagem no mesmo estilo.

Segunda atualização: o pessoal do Whovians tá anunciando um clipe 100% brasileiro, novidades virão!

Letra e tradução

The Proclaimers [TSO Benny & Joon]

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Hallowe’en Party

David Suchet e Zoe Wanamaker em Hallowe'en Party

David Suchet e Zoe Wanamaker em Hallowe'en Party

“- O senhor sabe o que é uma festa de Halloween, na véspera de Todos os Santos?
– Eu sei o que é Halloween – disse Poirot. – É o dia 31 de outubro. – Piscou os olhos ligeiramente, ao dizer: – Quando as bruxas voam em cabos de vassouras.”
Agatha Christie, A Noite das Bruxas, trad. Edilson Alckmin Cunha. L&PM. 2010.

George: Not enjoying it, sir?
Hercule Poirot: It is the subject matter, George. It is distasteful. Poirot, he has seen much evil in this world. It should not be the subject of such mockery. Halloween is not a time for the telling of the stories macabre, but to light the candles for the dead. Come, mes amis, let us do so.
Agatha Christie’s Poirot: Hallowe’en Party, episódio 3, temporada 12. ITV. 2010.

[Sons of Anarchy] Family Recipe

don’t miss 408 “family recipe”. chucky makes chili. wake the kids, it’s a light-hearted, holiday special you won’t wanna miss. [@sutterink]

Se isso é light-hearted, não quero nem imaginar quando Kurt Sutter pegar pesado! 🙂

A ofensiva do cartel Lobo Sonora contra os Sons continua fazendo vítimas pra todo lado e Clay está se aproveitando muito bem do momento. Eu sei que deveria detestar o HelBoy pelas coisas que ele faz com a própria família e antigos aliados, por ser frio, egoísta e manipulador.

Vi no Tumblr que muita gente quer que o Clay morra depois do que ele fez neste ep, mas cada vez que ele mostra esse lado ruim logo em seguida vemos sua inteligência tática e política. Difícil deixar de admirar essas qualidades num universo em que os personagens apenas reagem às circunstâncias [não digo apenas em SoA, mas nas séries ianques em geral].

Um único ponto negativo neste episódio foi a atitude de Piney, que me pareceu uma falha de roteiro ao usar um clichê tão previsível que fiquei até satisfeita quando ele morreu. Na minha cabeça eu pensava “bem-feito, palermão”. O comportamento depressivo do Juice também tá começando a me dar nos nervos, se continuar assim acho que até comemorarei quando alguém der um fim nele.

Agora, que o ponto alto foi mesmo o chili do Chucky, ah, isso foi! E os trocadilhos da Gemma?? Gargalhei de chorar! Todo um momento O Poderoso Chefão ali que tornou este episódio antológico. Pensei em usar Family Recipe em uma futura coluna do TeleSéries mas não sei se rola, um dos ingredientes será meio difícil de conseguir…

Gemma: Hey! Did you follow the recipe?
Chucky: I had to add a few things of my own.
Gemma: I can see that.
Tara: Is it spicy?
Gemma: Uh, very. Actually made my eyes burn.
Tara: Wow.
Chucky: May have gotten in over my head.
Gemma: Yeah, well, you know, it’s an old family recipe. It’s a delicate process. I probably should’ve made it myself. Uh, why don’t you take it up to the reservation. I think Happy likes it that hot. Yeah.
Chucky: I accept that.

A audiência da série vem crescendo nos quatro episódios mais recentes e o S04E08 foi o mais assistido desde a estreia da temporada, mas é preciso ficar de olho porque a DirecTV norte-americana tirou pode tirar o canal FX do seu line-up após a exibição deste episódio, então as próximas medições devem apresentar um decréscimo por esse motivo.

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