Mentes Criminosas e Crimes Assustadores

Capa do livro

Capa do livro

Eu sei que tinha comentado com a Kaká que este livro seria meu autopresente de fim de ano mas paciência não é uma de minhas virtudes. Mentes Criminosas e Crimes Assustadores [The Cases That Haunt Us, Ediouro/2002] já virou um de meus TFF – Top Favoritos Foréva.

O livro analisa crimes reais desdo reporte à polícia, coleta de evidências e testemunhos até o julgamento [ou falta de]. Ao final de cada caso, o autor dá a sua interpretação baseada na experiência de 25 anos na Unidade de Análise Comportamental [Behavioral Analysis Unit ou BAU] do FBI, e outros tantos como consultor particular. Na análise ele ainda indica métodos que usaria na investigação, truques para atrair o suspeito ou ED [de elemento desconhecido], técnicas de interrogatório, etc.

Quantas vezes já lhe disse que, quando se elimina o impossível, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade? [Sherlock Holmes in O Signo dos Quatro, Sir Arthur Conan Doyle]

Os casos analisados são:

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Ratatouille

Pôster de Ratatouille

Pôster de Ratatouille

Momento confessional: eu nunca me considerei parte do pessoal que detesta o cinemão hollywoodiano só porque é norte-americano, que idolatra filmes cabeuça europeus e asiáticos e desdenha animações da Disney ou da Pixar – porque me divirto com cinemão e animações, e filme cabeuça só em doses homeopáticas que é pra não me pôr em mais crises existenciais do que sou capaz de superar.

Também na contramão, eu achei Ratatouille [Ratatouille, EUA/2007]apenas legalzinho – mas um legalzinho plus, acima de Sem Reservas. Não consigo pôr o dedo no que foi que aconteceu, no entanto…

Não deve ter sido a tática da antropomorfização [eita palavrão], caus que isso me engana direitinho desde, xeu ver… o Mickey? Os ratinhos da Cinderela? Em todo caso, é logo no comecinho do filme que me pego questionando a intenção do roteiro, quando o rato Remy declara sua admiração pelo Homem e a forma como ele emula comportamentos e ações humanas.

Como disse o fabuloso Maurício, era só uma história sobre pessoas e ratos. E a parte difícil era diferenciar as pessoas dos ratos. (O Fabuloso Maurício e Seus Roedores Letrados, Terry Pratchett, Ed. Conrad, pág. 9)

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A Festa de Babette

Pôster do filme

Pôster do filme

Quando o filme A Festa de Babette [Babette’s Feast ou Babettes gæstebud, França e Dinamarca/1987] foi lançado eu era uma chatolescente pentelha, mas fui assistir apenas há algumas semanas; não sou mais adolescente, apenas continuo pentelha.

Xeu só deixar uma coisa bem clara antes de continuar: eu gostei do filme. Não entrou na minha lista de TFF mas assistiria de novo eventualmente, sem problemas. Esclarecido isso, voltamos à nossa programação normal [chata].

A primeira parte da história é dedicada a construir o panorama da vila pesqueira na Jutland dinamarquesa no século 19, uma comunidade estrita comandada por um pastor protestante que fundou sua própria igreja, formada por normas rígidas disfarçadas sob um véu de caridade para os pobres.

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A Ciência Médica de House

Eu estava com receio de ler este livro, no começo. Fiquei traumatizada com O assassinato de Agatha Christie, niqui o nome famoso no título serve apenas de isca para fãs mas o conteúdo não satisfaz o apetite [e nem o paladar].

Senquisgóde não foi isso o que aconteceu neste caso: o livro é até melhor do que a premissa divulgada em quase todos os sites. O autor não se limita a analisar os casos médicos episódio por episódio, como a sinopse sugere. Na verdade ele analisa bem poucos episódios, da primeira e da segunda temporada, mas a análise é bem mais ampla do que a dupla diagnóstico & tratamento.

O enfoque de Andrew Holtz volta-se muito mais para o sistema de saúde norte-americano, um lado menos conhecido do público de séries e de Michael Moore. A realidade desse sistema está bem distante da nossa, claro, em que equipamentos de ressonância magnética e médicos que gastam quinze minutos num exame físico preliminar são cenário comum.

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Quando as bruxas viajam

Capa do livro Quando as bruxas viajam, de Terry PratchettDepois de uma espera de um ano e meio, finalmente botei os olhos no 12º título da série Discworld, do escritor inglês Terry Pratchett: Quando as bruxas viajam [Witches Abroad, Inglaterra/1991]. Assim como a Rê, ela mesma, também devorei o livro em dois dias.

*Suspiros enlevados*

Acho que acabei de ler o meu livro favorito do ano.

As bruxas Vovó Cera do Tempo, Tia Ogg e Margrete Alho [a anciã, a mãe e a donzela, as faces da Deusa pagã] estão de volta em plena forma para terminar a tarefa da fada-madrinha Desiderata Hollow: impedir a jovem Brasirella de casar-se com o Duc.

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Escola de Sereias

Capa do DVD Escola de SereiasEste é outro cRássico da Sessão da Tarde que aproveitei para rever depois de muito tempo e percebi muita diferença entre o que eu lembrava e o que realmente tinha no filme. A Escola de Sereias [Bathing Beauty, EUA/1944] não faz parte da minha lista de Top Favoritos Foréva, então só assisti uma que outra vez antes. Descobri o motivo.

Eu não gosto de orquestra de metais estridentes e neste filme tem a de Xavier Cugat. Não gosto de números musicais sem conexão com a história que interrompem a trama, e tem. Os créditos todos passam logo no início do filme e em seguida tem uma looonga seqüência de acrobacias aquáticas da Esther Williams. Vou te dizer, se não fosse a vontade grande de assistir teria desistido depois dos primeiros 15 minutos de rodopio debaixo d’água. Essa parte eu tinha convenientemente esquecido.

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As sete faces do Dr. Lao

Pôster do filme As sete faces do Dr.LaoQuem cresceu nos anos 80 decerto deve ter assistido As 7 faces do Dr Lao [Seven Faces of Dr. Lao/The Secret World of Dr. Lao, EUA/1964] pelo menos uma vez, na Sessão da Tarde. A penúltima vez que eu assisti, se bem me lembro, foi na casa da minha madrinha pouco depois do Rock in Rio, o primeiro.

Por isso, quando o vi na programação de tv da semana passada, marquei a data com um enooorme círculo vermelho na minha agenda: nada ia me distrair naquele horário, nem mesmo o tapete vermelho do SAG Awards.

Da mesma forma que aconteceu quando revi “A história sem fim” após um grande hiato, no começo eu ficava matutando em como as lembranças são diferentes da realidade: não me lembrava, por exemplo, que a dublagem era tão caricata ou que os efeitos especiais eram tão toscos, mas tudo isso sumiu da mente conforme ia mergulhando de novo naquele universo fantástico [e era 1964, os efeitos *eram* muito bons para a época em que foi rodado].

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As cinco pessoas que você encontra no céu

As cinco pessoas que você encontra no céuTitia Batata falou várias vezes sobre como um preconceito bobo pode pôr a perder a oportunidade de conhecer alguma coisa legal, já não já?

Pois é, Titia Batata comete esse mesmo pecado da soberba e torce o nariz quando o assunto cheira, mesmo que vagamente, a auto-ajuda.

Tive a chance de ler As Cinco Pessoas Que Você Encontra No Céu, de Mitch Albom, e passei a vez. No fim de semana, no entanto, não pude escapar de assistir o filme baseado no livro

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Potterices 3

Continuação de Potterices 1 e Potterices 2.

Versão completa com spoilers de Harry Potter and the Deatlhy Hallows.

No mundo mágico criado por J. K. Rowling a imprensa existe: há pelo menos um jornal diário entregue todas as manhãs por corujas, uma estação de rádio e seis revistas.

Durante o mandato do ex-Ministro da Magia Cornelius Oswaldo Fudge, quando Harry testemunhou a reaparição do Lorde das Trevas que quase todos os bruxos médios [equivalentes ao Homer Simpson, conf. William Bonner] supunham mortinho da silva, a estratégia oficial do Ministério foi negar, negar e usar o “Profeta Diário” para minar a credibilidade de Harry e de Dumbledore. O método utilizado variava entre a ridicularização sutil e a calúnia. A justificativa de Fudge? Ele dizia que o retorno de Voldemort não seria possível e que dizer o contrário à população provocaria uma desestabilização do sistema e da ordem. Assim, ele pretendia neutralizar a influência de Harry e Dumbledore sobre a opinião pública através da desmoralização de ambos.

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Potterices 2

Continuação de Potterices 1.

Versão completa com spoilers de Harry Potter and the Deatlhy Hallows.

Lord Voldemort, o vilão da série, é temido como um dos bruxos mais poderosos do mundo, mas mesmo ele não conseguiria dominar a todos sozinho. Voldemort conta com uma legião de seguidores chamados Comensais da Morte, praticantes das Artes das Trevas que fazem uso das três Maldições Imperdoáveis para impor a obediência através do medo:

[1] Cruciatus = tortura
[2] Imperius = controla
[3] Avada Kedavra = mata

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