A Ilha

Pôster do filme A IlhaPreconceito faz a gente perder coisas boas. Porque confundi A Ilha com A Praia quase que embarco nessa também: o disco ficou mais de 40 dias encostadinho, até que uma crise braba de insônia exigiu medidas drásticas. O filme começa com o despertar do personagem de Ewan McGregor e é aí que o sono [meu] vai embora de vez: mensagens exibidas no teto e nas paredes do quarto e do banheiro de Lincoln Six Echo me lembram muito a paranóia absolutista de Philip K. Dick. Um ambiente estéril e estritamente controlado, em que todos são iguais e têm todos os seus atos dirigidos em prol do “bem-estar geral comunitário” reforçam a sensação – descubro depois que não é de Dick, afinal, e sim de um rapaz chamado Caspian Tredwell-Owen. O mundo foi contaminado e esta bolha Continuar lendo

O Código Da Vinci

Sábado, 20/05/06. Um dia após a estréia do filme O Código Da Vinci no Brasil.

Pôster do filme O Código Da Vinci Nosso plano inicial era a sessão das 21h no Cine Aquarius: todas lotadas até segunda-feira, dia 22.

Mudança de planos: sessão das 22h15 no Esmeralda que era a última com ingressos disponíveis, tivemos que chegar 2h30 antes do início para garantir. A anterior também lotou.

Dos trailers fiquei de zóio em ‘A Profecia’, ‘X3’, ‘Casino Royale’ e aquele do Adam Sandler [Christopher Walken], o do controle remoto universal. Tou douda pra ver o novo 007! Com biquinho e tudo, ó que fofo! Num sei porquê pegaram no pé dele, tsk.

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Hércules

Filme repleto de incorreções históricas e interpretações sofríveis. O mocinho não convence e a mocinha não tem carisma. O ritmo parece frenético mas a gente sente cada minuto se arrastando na cadeira. As locações, sim, se salvam: são belas de se olhar.

Hein? Achou que eu tava falando de qual filme? Ora, de Hércules, ontem no Só BesTeira sobre os doze trabalhos do rapaz. Filme até recente, com alguns atores razoavelmente conhecidos, pensei: “com os efeitos especiais disponíveis atualmente deve ter ficado legal!”. Vã esperança. Os produtores desse filme são ímpios que serão levados a Hades sem choro nem vela: deturparam a lenda de Hércules duma forma tal que mal se reconhece.

Começo a crer que mitologia não é tema filmável, no final das contas. Melhor quando está só na nossa imaginação.

Big Bad Boys

Acabei por fazer uma sessão com 3 filmes TFF [pra quem não lembra: Top Favorito Foréva] com uma temática muito parecida [sem contar pôster/capa]. Em ordem cronológica:

Capa do DVD do filme Cães de aluguelO filme de estréia do diretor Quentin Tarantino Cães de aluguel, de 1992, começa matando já na escalação: não bastasse Harvey Keitel co-produzindo, inda traz Steve Buscemi, Tim Roth e Michael Madsen de bônus. O orçamento foi de [na época] 900 mil dolares e o resultado é um filme de gângster totalmente fresco – no sentido de renovação do gênero. Os elementos que depois se tornariam parte da mitologia de Tarantino estão lá: a narrativa não-linear, os diálogos frenéticos, a cultura pop e a trilha sonora matadora com hits dos anos 70. E o sangue, litros Continuar lendo

Shima Uta

Deigo no hana ga saki kaze o yobi arashi ga kita
Deigo ga saki midare kaze o yobi arashi ga kita
Kurikaesu kanashimi wa shima wataru nami no you

Flor deigoSão os versos iniciais da música “Shima Uta” [Canção da Ilha] composta por Kazufumi Miyazawa, da banda The Boom, gravada originalmente no início dos anos 90 e que exalta a ilha japonesa de Okinawa. Deigo é a flor-símbolo da ilha e foi escolhida em 1972, quando a posse da província foi devolvida ao Japão.

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