De 2001 para 2011

Em 11/09/2001 estávamos @technosoftnavas, @andrerissatto e eu fazendo a migração do servidor de @siteantidrogas desde as primeiras horas da manhã, quebrando a cabeça porque DNS parecia não responder. Só depois de telefonar pro suporte técnico do backbone descobrimos que havia um estrangulamento no tráfego da Internet por causa das notícias sobre o atentado terrorista: as páginas iniciais dos principais sites de notícias estavam limpos dos elementos visuais para dar conta dos acessos, e mesmo assim demoravam para carregar.

Em 01/05/2011 estávamos @technosoftnavas, eu e milhares de pessoas descobrindo pelo Twitter e Facebook sobre a morte de Osama bin Laden, líder da Al Qaeda responsável pelos atentados, antes de qualquer portal de notícias ou canal de tv brasileiro, assistindo ao pronunciamento do presidente Barack Obama em streaming pelo site da Casa Branca.

A História é feita de momentos, pois pois?

Manifesto de Apoio a Denise Bottmann

Vê? Bem aqui. Igualzim! Te disse.

Vê? Bem aqui. Igualzim! Te disse.

Alguns dos grandes tradutores brasileiros criaram um blog-manifesto em defesa de Denise Bottmann, do blog não gosto de plágio. Ao Manifesto segue um abaixo-assinado virtual hospedado no PetitonOnline:

http://www.petitiononline.com/Bottmann/petition.html

Até o momento, cerca de 700 assinaturas foram confirmadas. Titia Batata pede por favor que dê um pulinho lá e deixe seu nome [completo!] também, se é partidário de um ou mais dos seguintes temas: liberdade de opinião e de expressão, direito de ler uma boa tradução, contra o roubo e a lei de Gérson…

Blog-manifesto
apoiodenise.wordpress.com

Posts legais
Direito ao esquecimento no blog Coruja em Teto de Zinco Quente, da Lulu
Editora Landmark deve ir à falência no blog Na Prática A Teoria É Outra, do Celso Rocha de Barros

Post relacionado
Momento TPM

Momento TPM

Chá de hortelâ como se fosse água, para diminuir o inchaço provocado pela retenção de líquido [dica da Adrina, brigadê!] e duas pérolas de Guttalax pra constipação: um mês depois e Titia Batata é quase outra pessoa nesta nova TPM.

Quase, porque o instinto assassino ainda aflora, inda mais depois de saber do processo que a Denise Bottmann está a sofrer por desmascarar duas traduções espúrias no blog Não Gosto de Plágio, junto com a Raquel Salaberry do Jane Austen em português.

Dentre os absurdos da ação, a editora acusada de plagiar traduções pede “direito de esquecimento”. Eu entendi isso como um artifício pra continuar enganando pessoas, na esperança de que, apagando os registros do passado, os leitores voltassem a comprar seus livros na boa-fé. Parece que é isso mesmo, segundo a própria Denise:

Aparentemente, o problema principal dos reclamantes é o fato de que se publiquem notícias, que elas circulem e não caiam no esquecimento com a volatilidade que ocorria na era pré-digital. Devo concordar que, realmente, quando as notícias antigamente saíam num jornal, meses depois a tendência era que o público esquecesse as informações (a velha piadinha que dizia “brasileiro tem memória curta”). Concordo também que a internet propicia maior velocidade no fluxo de informações e facilita consultas de tipo documental e arquivístico. Ao contrário dos reclamantes, porém, considero que tais avanços tecnológicos são muito positivos para as sociedades democráticas, e favorecem uma maior transparência das relações sociais – neste sentido, hoje em dia seria muito mais difícil destruir documentos e “reescrever arquivos” como se fazia em regimes totalitários, pois torna-se mais fácil preservar os arquivos das informações graças aos meios digitais.

Se, como cidadã, louvo e utilizo os novos meios propiciados por tais avanços tecnológicos, não vejo por que devo ser processada por tal fato. A Internet é um fenômeno global de gigantesco alcance e envergadura, gerando sistemas de arquivamento e compartilhamento de informações a um grau inédito, e sabidamente trata-se de um processo irreversível em escala mundial. Quanto aos marcos regulatórios para disciplinar a matéria no Brasil, encontram-se em fase final de elaboração no Ministério da Justiça, prevendo dispositivos não só para a devida tutela de todos os direitos humanos e sociais envolvidos, mas também para tolher tentativas arbitrárias de censura e amordaçamento, garantindo a preservação do estado de direito. [Em A Internet não esquece, publicado no QueroTerUmBlog do Alessandro Martins, 23/02/10]

Decerto desconhecem a expressão “tiro no pé”, caus que foi isso o que aconteceu. Igual o Roberto Carlos, que ajudou a vender uma biografia que nem era grandes coisas mas que virou objeto de curiosidade depois que ele entrou na justiça para retirar das livrarias. Igual o deputado aquele que esqueci o nome e tentou fazer o mesmo com o livro Na Toca dos Leões, do Fernando Moraes.

Em todos esses casos a tática é a mesma: intimidação pela truculência. E em todos os casos o resultado é o mesmo, ou seja, o oposto do que o autor da ação pretende: em vez de abafar o caso, esse tipo de ação provoca a curiosidade e acaba aumentando a exposição do que se pretendia ocultar [ou “esquecer”]. Esse imbroglio do plágio, por exemplo, até agora era do conhecimento de um grupo muito pequeno – a comunidade de tradutores, talvez; uma parcela dos leitores de Jane Austen e Emily Brontë [somos poucos, admita]; meia dúzia de jornalistas especializados…

E veja agora a dimensão que a coisa está tomando. A Denise [força na peruca, mulher! quem supera TPM um mês após o outro supera tudo!] reúne o que está sendo publicado sobre o caso em atualizações dos seus posts:

justiça e internet [23/02/10]
justica e internet II [24/02/10]
justiça e internet III [25/02/10]

Para quem tem curiosidade de saber quais foram os posts que motivaram a ação, são os que cotejam as semelhanças em Persuasão [Jane Austen] e O Morro dos Ventos Uivantes [Emily Brontë].

Nome do tradutor na capa: eu apoio essa ideia.

Sobrevivente de caso real que inspirou Agatha Christie lança livro

Atenção: o texto a seguir pode conter spoilers da peça de teatro A Ratoeira/The Mousetrap e do conto Três Ratos Cegos/Three Blind Mice.

O texto é a tradução livre de um artigo publicado no dia 23 de fevereiro no The Independent [leia o original em inglês clicando no link].

The Mousetrap é a peça de teatro recordista em longevidade e apresentações: é encenada há mais tempo do que a própria Rainha Elizabeth 2ª tem de coroação. Three Blind Mice, a peça de rádio que originou a peça teatral The Mousetrap, aliás, foi criada a pedido da avó da Rainha Elizabeth 2ª, Mary of Teck, Rainha Consorte do Rei George 5º (da dinastia Windsor), para a comemoração dos seus 80 anos de idade. A peça de rádio foi ao ar o dia 30 de maio de 1947.

Conforme o acordo estabelecido por Agatha Christie, nenhuma adaptação cinematográfica será feita em lugar nenhum do mundo enquanto a peça estiver sendo encenada em Londres, e o conto Three Blind Mice não será publicado no Reino Unido também enquanto The Mousetrap estiver em cartaz. A tradução brasileira foi feita a partir da edição norte-americana.

“Um livro de não-ficção baseado nos eventos que inspiraram A Ratoeira de Agatha Christie está previsto para ser publicado pela HarperCollins, anunciou o The Bookseller no dia 17 de fevereiro. Escrito por Terrence O’Neill, cuja história e testemunho à corte inspirou a peça de Christie, Someone To Love Us [“Alguém Para Nos Amar”, em tradução livre] será publicado em 4 de março [na Inglaterra; e no dia 1º de abril na Austrália].

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Who are you? That deaf, dumb and blind kid… Won’t get fooled again. It’s only teenage wasteland

Pete Townshend, guitarrista do The Who, tocará no SuperBowl em 7/fev

Pete Townshend, guitarrista do The Who, tocará no SuperBowl em 7/fev

“We’re kinda doing a mashup of stuff,” the guitarist tells Billboard. “A bit of ‘Baba O’Riley,’ a bit of ‘Pinball Wizard,’ a bit of the close of ‘Tommy,’ a bit of ‘Who Are You,’ and a bit of ‘Won’t Get Fooled Again.’ It works — it’s quite a saga. A lot of the stuff that we do has that kind of celebratory vibe about it — we’ve always tried to make music that allows the audience to go a bit wild if they want to. Hopefully it will hit the spot.” [Pete Townshend para a Billdoard

“Nós faremos uma espécie de mistureba de coisas”, o guitarrista contou à Billboard. “Um pouco de ‘Baba O’Riley’, um pouco de ‘Pinball Wizard’, um pouco do encerramento de ‘Tommy’, um pouco de ‘Who are you’ e um pouco de ‘Won’t Get Fooled Again’. Funciona – é bem uma saga. Muitas das coisas que fazemos tem aquele tipo de vibração celebratória a respeito – sempre tentamos fazer música que permita à audiência ficar um pouco selvagem se quiser.” [tradução tabajara]

Por um lado: iei! Não pensei que incluiriam as três músicas-tema da franquia CSI mas, pensando bem, o SuperBowl será transmitido pela CBS e CSI/CSI:Miami/CSI:NY são exibidos pela mesma emissora. Além disso, o SuperBowl XLIV será em Miami, “sede” de um dos spin-off.

Por outro lado, ONGs e grupos de defesa infantil protestam contra a presença de Pete Townshend no evento. Townshend foi preso pela polícia norte-americana em 2003 por acessar pornografia infantil online usando o cartão de crédito. Ele alegou à Scotland Yard, que assumiu as investigações na Inglaterra, que tais acessos seriam para pesquisa, para um projeto contra abuso infantil. O nome do guitarrista permaneceu na Sex Offenders Registers britânica durante cinco anos [nos EUA a inclusão de um nome nesse tipo de lista é vitalícia].

Uma ONG está a distribuir folhetos com a foto e dados pessoais de Townshend nas residências ao redor do estádio Land Shark em Miami, advertindo seus moradores que um predador sexual estará à solta na região no dia 7 de fevereiro [v. cópia do folheto no site da Metro britânica].

A briga tá feia.

Eu não sei como foi a reação dessas ONGs na época, mas o show do Michael Jackson no SuperBowl XXVII “representou uma transição tectônica para a NFL” [Terra, 30/01/09]. Bom, era 1993 e as acusações contra ele ainda não tinham aparecido, então não devem ter falado nada.

Lista das apresentações do show do intervalo do SuperBowl.

Pinball Wizard – The Who

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Polícia Federal de Marília engajou-se na campanha de cadastro de doadores voluntários de medula óssea

medulaOutra ação social joiada da Polícia Federal de Marília/SP. Se você estiver na região entre quarta [24] e sexta-feira [26] pode participar. Vale lembrar que as restrições para doação de medula são menos rigorosas do que as restrições para doar sangue, então mesmo que você não possa doar sangue por algum motivo, ainda pode ser doador de medula óssea.

Outro detalhe interessante é a garantia do sigilo: está pensando naquela informação de que o FBI cedeu o CODIS para a PF, né, pequeno gafanhoto? Nada tema, a legislação brasileira prescreve que o suspeito não pode fornecer material genético para fins de investigação criminal contra a sua própria pessoa. Que alívio, hein? 😉

Segue o press-release da ação:

Nesta iniciativa inédita, a Polícia Federal de Marília abre suas portas e fornece a estrutura logística para o HEMOCENTRO DE MARÍLIA (FAMEMA) e seus profissionais para viabilizar o cadastro de doadores de médula ossea, aproveitando a oportunidade de divulgação e mapeamento genético (gene HLA) dos cidadãos que resolverem se engajar na campanha.

Os servidores policiais federais, administrativos e contratados da Polícia Federal de Marília participam ativamente da campanha e com absoluta adesão forneceram pequena amostra de sangue para realizar o cadastro, e assim participar do banco de dados nacional de doadores de médula óssea (REDOME – Registro de Doares de Medula Óssea).

Nesta parceria com o Hemocentro de Marília, a Polícia Federal quer que não apenas seus servidores se cadastrem como doares, mas toda os interessados na sociedade civil de toda a região, portanto criou a estrutura para coleta do material genético dos doares em suas instalações.

A base de coleta de material genético estará funcionando para atender a toda a população interessada em participar da campanha nos dias 24, 25 e 26 de junho de 2009, na sede da Polícia Federal de Marília (Av. Joquei Clube, 87, Marília – SP).

Para quem quiser se cadastrar como doador voluntário basta dirigir-se a Polícia Federal de Marília nas datas mencionadas, onde será coletado 5 ml de sangue, sem qualquer custo, e será preenchido um cadastro com dados pessoais do interessado.
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Crianças de baixa renda terão treinamento olímpico na Polícia Federal de Marília

image_miniRecebi por emeio:

A Polícia Federal de Marília e o Centro Olímpico de Treinamento de Marília firmaram parceria inédita para promover o projeto social voltado para a educação, saúde e prática desportiva.
O projeto pioneiro na cidade de Marília atenderá 40 crianças de baixa renda provendo a estes qualificação desportiva no boxe, orientação em relação ao perigo das drogas e demais ítens de violência da sociedade moderna.

O instrutor Ari Eduardo Colleti estará ministrando gratuitamente aulas de boxe para as crianças utilizando-se da mais moderna estrutura existente na região voltada originalmente para qualificação de policiais federais.

O instituto ISO Terceiro Milênio participa da empreitada proporcionando o transporte e alimentação das crianças para garantir que os alunos tenham o melhor treinamento possível em suas iniciantes carreiras desportivas.

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Há três anos, em Pedra Lascada…

O jornalista Alexandre Inagaki, do sempre ótimo blog Pensar Enlouquece, Pense Nisso, teve a iniciativa de relembrar os acontecimentos ocorridos a partir do Dias das Mães de 2006: o ataque coordenado pelo Primeiro Comando da Capital no Estado de São Paulo.

Três anos é o prazo após o qual cadáveres que estão em sepulturas individuais vão para covas coletivas, conforme procedimento padrão adotado nos cemitérios públicos de São Paulo. Arual Martins, promotor criminal que trabalha na zona Sul da capital, região que concentrou o maior número de casos no já distante mês de maio de 2006, declarou: “Qualquer apuração criminal, o tempo vai apagando e deixando tudo muito longe. À medida em que o tempo vai passando, tudo vai sumindo. A memória se perde.” [Alexandre Inagaki in Há 3 anos]

Este é o tipo de coisa que não podemos esquecer, nem tanto pelo mero aspecto criminoso da ação mas, principalmente, porque deveria ter sido um chamado à realidade para a sociedade isolada na fantasia de segurança proporcionada pelos sistemas de segurança particular.

Ah, mas você mora em Pedra Lascada, Titia Batata, que risco havia então?

Bem, para começar, a cidade é cortada pela via expressa que é caminho entre SP/Capital e as prisões de segurança máxima a oeste do Estado. Tanto minha casa quanto o local de trabalho ficam a uma quadra desta via expressa. Eu saía do trabalho e tinha de esperar os carros de transporte de presos liberarem o trajeto, quando as autoridades transferiam os líderes de facção de um local para outro na tentativa de cortar a comunicação entre eles e enfraquecer o movimento.

Durantes quase três meses, as ruas em frente e atrás da minha casa ficaram bloqueadas por tambores porque eram o local de alvos de ataque: o fórum e a delegacia de Polícia Civil. Eu planejava meus horários para não coincidir com os da então Juíza de Direito daqui, que só chegava e saía escoltada pelos policiais militares.

Durante a fase mais grave da crise, os funcionários da CPFL foram recolhidos por ordem da matriz: não importa o problema que fosse, ninguém sairia para a rua. Ao ligar para o atendimento da empresa, o cliente seria informado que teria de aguardar até que fosse seguro para o funcionário deslocar-se até o local.

Imagino que muita gente deve ter compreendido a situação, mas o que me ficou gravado na memória dessa época foi uma pessoa que não entendeu o risco a que expôs um funcionário ao enviá-lo para o presídio em Marília, a menos de 20km, para resolver um problema de conexão com a Internet durante o período mais crítico dos atentados, ou seja, enquanto os presos estavam rebelados.

Essa falta de consideração com a segurança de uma pessoa tanto por parte do colega de empresa que o enviou até lá, quanto por parte do cliente que exigiu a prestação do serviço, me deixaram lívida por implicarem um egoísmo tão profundo que nem foi percebido por eles.

De certa forma, é essa mesma incapacidade de se colocar no lugar do outro, essa filosofia do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, que foi posta à prova há três anos. Algumas pessoas aprenderam, tenho fé, mas outras não. É por isso que não podemos esquecer e nem nos acostumar.

Elizabeth Canning

– Faz pensar no caso de Elizabeth Canning – disse Japp. – Lembra? Uma porção de testemunhas de ambas as partes jurou ter visto a cigana, Mary Squires, em dois lugares diferentes da Inglaterra. E testemunhas de toda a confiança, aliás. E a mulher tinha uma cara tão horrenda que não podia haver outra igual. O mistério nunca ficou esclarecido. (Agatha Christie, Treze à Mesa, Nova Fronteira, 2005, pág. 66-67)

Elizabeth Canning

Elizabeth Canning

Elizabeth Canning (1734-1773) foi uma mulher pobre, que nasceu e trabalhava em Londres como empregada para o carpinteiro Edward Lyon quando desapareceu em 1º de janeiro de 1753. Testemunhas afirmaram que ela era boa trabalhadora e tinha bom caráter (o que naquela época significava que praticava a castidade).

Quando Elizabeth reapareceu quase um mês depois, na casa de sua mãe, ela disse que havia sido raptada por dois homens que arrancaram parte de suas roupas, a roubaram e bateram em sua cabeça, deixando-a desacordada, mas não a molestaram. Ao recuperar os sentidos, ela estava numa casa estranha.

A mulher que administrava essa casa quis contratá-la como prostituta e, quando Elizabeth recusou, a velha cortou e retirou o que restava das suas roupas e a trancou num quartinho, alimentando-a com um pouco de água e migalhas de pão. Elizabeth contou que conseguiu escapar por uma janela e descobriu que estava perto da casa de sua mãe.

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Ajudando a ajudar

Law & Order: UK - Alesha

Law & Order: UK - Alesha

Não sei se você já botou reparo, mas Titia Batata é uma criatura facilmente impressionável com coincidências. Desta vez foram três num espaço de pouco mais de 24 horas.

Primeiro no episódio Simple Explanation [contém spoilers] de House, que teve um caso de suicídio. Assim que acabou, antes de passar os créditos, colocaram uma mensagem na tela com locução que pedia para a pessoa entrar em contato com a NAMI (National Alliance on Mental Illness) por telefone ou pelo site se estivesse em crise e pensando em suicidar-se.

Depois, no site da Onofre tinha um banner do CVV [Centro de Valorização da Vida] em todas as seções. Achei bem apropriado e digno da empresa: é uma farmácia online, provavelmente uma parcela dos consumidores tenha um problema que pode ser resolvido mais com conversa e menos com medicamentos. [Antes que pergunte: calma, eu estava lá pra comprar Brexin, absorventes e um shampoo de marcas que não tem em Pedra Lascada. Mesmo com a taxa do frete, saiu mais em conta do que procurar em Marília.]

Acho que o CVV é o equivalente basileiro do NAMI. Os voluntários atendem no telefone 141.

Por fim, no episódio Alesha de Law & Order: UK, que teve um caso de estupro, aconteceu o mesmo que no de House: mostraram uma mensagem na tela com locução, durante os créditos, para que a pessoa que tivesse sofrido agressão sexual entrasse em contato com o Rape & Sexual Abuse Support Centre. Eu só achei esquisito o horário de funcionamento, apenas cinco horas por dia em dois períodos de duas horas e meia a partir do meio-dia e das sete da noite, sem atendimento no fim de semana.

À parte isso, a trama desse episódio me lembrou bastante de um outro caso acontecido no Brasl que virou notícia no final o ano passado, eu acho, o de um médico que foi acusado de abuso sexual por uma paciente. No início ela foi desacreditada, mas assim que a notícia chegou aos jornais mais de 50 outras vítimas se apresentaram.

Eu não sei se no Brasil existe um serviço específico para casos de agressão sexual, mas acredito que o Portal da Violência Contra A Mulher e o telefone 180 [Central de Atendimento À Mulher] devem ajudar a quem passa/passou por essa situação – com a vantagem de não ter horário de fechamento como o similar inglês.

Atualização
Ao revisar este post, bateu vontade de rever o videoclipe de Natural Blues com Moby, Jill Scott e Blue Man Group. Na Videoteca.